"Grandes são os tempos vindouros."

Ilse Schwaiger O livro Brawal

De que trata este livro?

1. Viver sua subjetividade de maneira mais calma e contente.
2. Deixar de ver o próprio futuro com preocupação e medo.
3. Tornar-se mais aberto para as alegrias da vida e mais espontâneo para pensamentos e intuições positivas.
4. Reconhecer e aceitar oportunidades favoráveis e momentos de sorte.
5. Livrar-se gradualmente do pensamento material. Orientar-se pela vida espiritual e conquista confiança para a ajuda de dentro de nós.
6. Dar-se com felicidade e assim vivenciar como os desejos tornam-se realidade.
7. Vivenciar como a benção de todo tipo vai ser cada vez mais frequente, como símbolo da íntima união com Deus.

Prefácio

Prefácio

O texto aqui apresentado, anotado palavra por palavra por Ilse Schwaiger durante os ditados que recebeu, não tem relação direta com a anunciação divina – embora tenha certa semelhança estilística com algumas passagens do Velho Testamento. O “locutor” dos ditados fala de Deus em terceira pessoa; refere-se a Deus ao lado de outras designações como “eu” e “nós”.

Ilse Schwaiger está longe de reivindicar para si o papel de uma profeta ou de pessoa iluminada. São trinta chamados, lançados através de sua cabeça, que guiaram sua mão e foram por ela escritos durante os ditados, marcados por um estado de atordoamento e vertigem.

Em nenhum momento durante os trinta chamados perguntou: “Quem está falando?” ou “Quem é você?”. Por isso, nunca saberemos quem foi diretamente responsável pelos pensamentos e pelas instruções. De modo indireto, eles remontam a Deus ou a uma deidade, já que não podemos perceber – nem descartar – nenhum tipo de personificação nos ditados.

Essa confrontação intelectual, que em geral ocorre num nível científico altamente qualificado, trouxe para Ilse Schwaiger um desenvolvimento de sua consciência nada fácil de ser integrado ao seu quotidiano. Sua visão acerca das coisas mais simples foi auspiciosamente influenciada; ela – como “escolhida”, por assim dizer – sentiu-se mais fortemente comprometida com o dever num sentido moral, o que – em termos psicológicos – a levou a questionar o modo como vivia até então, a olhar mais criticamente para o próprio Eu e, por fim, a assumir um comportamento completamente novo em relação ao Outro e ao seu papel social.

A incerteza que possamos sentir em relação à origem dos ditados não nos deve impedir de refletir sobre a questão da autoria. Sabemos – dos contos de fada, dos mitos e das religiões da humanidade – que há seres cuja existência se dá numa esfera entre os homens e Deus. Desde os primórdios da história da humanidade as transferências telepáticas desempenham um papel central.

Dar vazão aos sentimentos, entender a vida como uma corrente – tais apelos se repetem nos chamados de Ilse Schwaiger. Seus registros têm a seguinte fórmula básica: o encontro com o divino, a união com Deus através da oração. “Salvem sua alma, façam o bem, façam sacrifícios!” são apelos enfáticos ao ser humano para assumir sua responsabilidade.

Introdução

Os contos de fada e os mitos
estão todos já desvanecidos,
caídos como as flores
de uma espécie que há muito perdeu o viço.

Introdução

De onde viemos – para onde vamos? Quem pode responder à pergunta de todas as perguntas? Qual é o objetivo da nossa existência na Terra? Nós, “buscadores de coisas”, estamos em constante movimento, fazendo uso de elementos, pensamentos e intuições manifestos em nosso subconsciente; entendemos nossa inteligência como uma ferramenta divina para a construção de nosso pulso vital, para nossa busca por um objetivo e para que nossa convivência na Terra seja baseada na confiança de podermos usar o poder do Bem. Somente esta deveria ser nossa vontade: fortalecer nosso sentimento de solidariedade! Não pode haver prosperidade verdadeira na Terra sem que o amor – como um laço da perfeição – una nossos corações. Esse deve ser o maior dos empenhos na vida de um cristão. Para isso é que Deus deu a inteligência à humanidade. Para que ela entenda que recebeu de Deus a sua existência, como um direito de existir através do amor de Deus; para pensar, agir e sentir. Na relação com Deus, ativamos nossos sensores e apenas assim somos capazes de reconhecer a nós mesmos, às coisas ao nosso redor e aos sinais do tempo. E na oração podemos nos comunicar com Ele. Não com tacanhez e indiferença humano-míopes, mas com paciência e superação, desenvolvendo, assim, confiança no futuro. A Palavra de Deus nos dá as respostas às nossas perguntas, mesmo às mais impossíveis!

A imortalidade da alma só ocorre após a morte, mas apenas se, durante nossa curta existência na Terra, tivermos nos dirigido contra o Mal, contra o pecado e a impiedade; e se não tivermos já destruído nossas almas. O Dilúvio foi a primeira grande catástrofe. Outras virão e trarão consigo mudanças estruturais. Os alertas da desgraça advertem-nos de que seremos severamente julgados por não termos nos colocado diante do Espírito de Deus com o devido respeito. Reverenciamos a criação, mas não o Criador. Queremos viver, viver e viver mais ainda – e confundimos viver com consumir. Violência e terrorismo, drogas, fome e a destruição do meio ambiente nos mostram uma perspectiva do futuro nada aprazível. São pessoas despóticas e obcecadas pelo poder que, de modo egoísta, prepararam com seus instrumentos materiais esse fundamento de uma suposta segurança. Pedro já na sua época falava: “O fim de todas as coisas está próximo!”

Os homens, ao longo de sua história, receberam missões que vão além do normal, do inter-humano. O Velho Testamento, o Corão e os livros de Moisés são exemplos desse tipo de registro. Mensagens para nós, humanos – para todos os seres vivos. Elas vêm de Deus e se dirigem a um profeta, que dá seu testemunho. O budismo e o cristianismo não se baseiam nesse tipo de conteúdo. Buda não se considera um Deus, ele não conhece nenhum. Ele é um ser humano iluminado. Qualquer pessoa pode tonar-se “iluminada” – senão durante sua vida, então em sua reencarnação. No Novo Testamento, não há profetas. Com Jesus, Deus vem até nós como homem. Anuncia sua mensagem sem mediador. Nosso pensamento cria impulsos e milagres, mas também dependências. E a magia do reino espiritual contém riscos perigos, se não seguimos as regras. Devemos nos voltar para o simples e o singelo; o complicado e o luxuoso na maioria das vezes nos desencaminham para o Mal. A origem do tratamento rude entre as pessoas está no descontentamento de cada um consigo mesmo, com o próximo e com Deus. E a Verdade? Às vezes é uma, às vezes é outra que parece ser a definitiva. Porém: só podemos encontrá-la na Palavra de Deus, tornada diáfana em sua onipresença. Somente a legítima Verdade nos liberta em nome de Deus, a Suprema Instância – mas nunca o próprio poder de autoridade. Por isso, devemos nos esforçar com firmeza para atingir um fluxo de energia harmônico, mesmo que sejamos tentados repetidamente a transgredir.

O homem, como ser imperfeito, não é capaz de ser justo; a justiça vem exclusiva e idoneamente de Deus! E quando abrirmos mão de nossas emoções, quando o entendimento, a bondade no coração e o senso de responsabilidade guiarem nossas vidas, poderemos também suportar melhor as decepções – mesmo que elas sejam, num primeiro momento, desoladoras e abalem nossa fé. De todo modo, com a morte, nossa possibilidade terrena de tomar decisões se oblitera. Por isso, temos de orar a tempo por uma jornada de vida íntegra, para que experimentemos a grande misericórdia de Deus ainda em vida.

As doenças e a morte são fatores que influenciam nosso conceito de vida e que ofuscam nossa esperança. Mesmo assim, não devemos nos desviar de nosso objetivo. Temos que encontrar força para superar nossas fraquezas! Misericórdia, amparo, amor, contrição e bens para todos não devem ser articulados apenas em slogans, e a providência para nossos descendentes deve ser algo totalmente natural. Quanto mais nos afastarmos da obsessão por poder, tanto mais poderemos viver com os outros – e não contra os outros! É somente desse modo que podemos facilitar a nossa jornada de vida e a dos nossos próximos, construir relações de proximidade e superar distâncias; podemos cultivar a memória e usar nossa razão para tornarmo-nos mais sábios. Assim, vivenciamos o puro ritmo da vida, alimentados pela força ancestral, e permanecemos na parte do percurso que nos foi designada.

Muitas vezes, as aparências podem enganar, mas, mesmo assim, a inveja torna nossas vidas insuportáveis. O amor de Deus está acima de tudo! João 1:1 nos deixou o seguinte esclarecimento: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus...”

Gênese

Deus não nos abandonou, e não nos abandonará.
Quem o procura, irá encontrá-lo.

Gênese

No dia 30 de agosto de 1993, o Chamado “Escreva!” me alcançou pela primeira vez.

Totalmente perplexa e desprevenida, olhei para o rádio – estava desligado. Também meu cachorro não havia emitido nenhum ruído – estava dormindo tranquilamente na sua caminha. No segundo “Escreva!”, senti que uma imensa energia se apoderou de mim, uma força elementar que eu tive de seguir irrevogavelmente. Coloquei de lado o que eu estava segurando e corri para a minha escrivaninha. Febril e soluçando por causa do medo, procurei meus utensílios de escrita. Um bloco de anotações com folhas amarelas e quadriculadas caiu em minhas mãos.

Assim que o lápis tocou o papel, começou o processo de escrita. A cada palavra, corriam arrepios pela minha cabeça, seguindo seu caminho em ondas, descendo pela coluna vertebral e terminando, ao encerrar as anotações, na panturrilha esquerda. Ao mesmo tempo, sentia uma forte pressão em minha mão direita, com qual escrevo, e doía cada vez mais. Como se fosse óbvio, a anotação encerrou quando minhas letras alcançaram o final da página.

Depois disso, caí exausta no chão, chorando de tanta emoção. Para me acalmar, orei um “pai-nosso”. O ditado havia sido muito veloz, de modo que não consegui terminar de redigir todas as palavras. Por que essa pressa? – Nunca entendi.

Os chamados se repetiram nos dias seguintes, em diferentes horários, mas nunca à noite. Durante a redação do terceiro Chamado, olhei para minha mão direita, que doía muito. Assustei-me: estava inchada e tinha agora quase o dobro de seu tamanho normal; minha impressão foi de que ela estava sendo pressionada com uma força enorme em direção à folha de papel. Senti uma angústia tomar conta de mim, tinha medo. Foi a única coisa que me assustou durante esses chamados para escrever.

Aos poucos, minha autoconfiança voltou. Comecei a fazer perguntas: “Por que isso acontece justamente comigo?” – A resposta foi: “Porque você é permeável!”

Passei a orar um “pai-nosso” antes de cada ditado. Estava em dúvida se essa força que causava arrepios na minha cabeça era benéfica – se tinha boas intenções.

Enquanto orava, estava totalmente calma, mas assim que os ditados começavam, as ondas de arrepios passam a percorrer o meu corpo.

Lamentavelmente, nunca perguntei àquela força quem era ela. Nos ditados constam duas expressões em latim que talvez possam dar alguma informação a esse respeito: no terceiro capítulo, lemos “Tres mentoris”, que podemos traduzir por três mentores (três conselheiros sábios), e ao final das anotações, consta: “Saúdo-O, Domino sanctus!”

Os ditados continuaram quase diariamente até 4 de outubro de 1993; apenas em cinco dias não houve nenhum chamado. Desde o início, eu sabia que o livro conteria 30 capítulos. Por que eu podia dizer isso com tanta exatidão, não sei.

No decorrer desse período, cumpria, como sempre, minha rotina e minhas obrigações. Talvez tenha comido menos, emagreci de dois a três quilos.

Foi só depois de concluir o Capítulo 30 que soube o significado das expressões em latim (nunca estudei latim na escola). O padre de Falkenstein, o senhor Eckhart, traduziu para o alemão o que eu tinha anotado e entendido apenas na sua forma fonética, e um professor de latim me auxiliou a grafá-las corretamente.

Entendo O Livro Brawal como um chamado ao ser humano para não abandonar o caminho do Bem. Devemos buscar – e encontrar – consolo na oração. Deus não nos abandonou, e não nos abandonará. Quem o procura, irá encontrá-lo.

Palavras chaves e os trinta Chamados

A prioridade do espiritual;
o aferrolhamento da alma ao corpo;
o reflexo da alma que espera no nada
e se reúne com a alma após a morte;
o perigo de ferir – ou até mesmo destruir – a alma.

Preâmbulo

Tudo tem um começo e um fim. No final, há o Nada – ou então o começo. O começo nos oferece a pista para o Nada. “Tu fundaste outrora a Terra, e os céus são trabalho de Tuas mãos. Eles perecerão, mas Tu permanecerás; eles todos envelhecerão como vestimentas...” (Salmo 102: 26-27; Hebr. 1: 10-11). O Nada, como um conceito metafísico, não pode ser compreendido aqui na Terra. O Nada implica que aquilo que é material se desfaz, que o espiritual prevalece. E o espiritual, por sua vez, implica que eclodimos de nossos revestimentos físicos, mas que a alma imortal está aprisionada no nosso corpo. Alguns sofrem muito com isso, outros aceitam. Tu e eu, nós devemos aceitar isso. Ama a tua alma, para que ela não seja atormentada ainda mais no seu corpo! Pois o reflexo de tua alma vive no Nada, esperando a libertação. Ela sofre, se tu sofres; enche-se de júbilo, se tu te enches de júbilo. Somente após a morte vocês se reencontrarão, para ascender a uma esfera superior – desde que tu não a tenhas ferido nem dizimado. Se ela estiver ferida, o tempo de cura será longo. Caso a tenhas destruído, tu estarás perdido. Terás de perambular para sempre como um fogo-fátuo. Pois teu reflexo se perdeu contigo. Tu poderás vê-la, mas nunca a alcançarás. É o Inferno! Somente o Senhor, teu Criador, poderá salvar-te desse inferno. É a mais cruel das condições – um tormento inacessível para a compreensão terrena. Muitos se encontram nessa condição, milhões e milhões – até a hora em que este mundo se aproximará do fim de seu tempo, a conclusão desta era.

O sentido de tua existência é a quadrofonia, o conceito tetradimensional.
Habe, habemos, habeámus!
Tu és a voz da quadrofonia. Tua tarefa é superar o materialismo, reconhecer o espiritual e aprender com esse conhecimento. Habemus! O espiritual é a realidade da existência, que está acima de tudo. Quando ela se apagar, aparecerá o espiritual, que não poderá continuar vivendo se não for reconhecido. Habeámus!

Hábe – habemus – habeámus
“Tenho – temos – teremos.”

Os sentimentos;

viver os sentimentos;
“a dimensão dos sentimentos renegados”;
a existência como corrente;
a morte como guia para uma outra existência;
o buraco na alma.

1.º Chamado

A dimensão dos sentimentos renegados dificulta a existência. Ninguém é capaz de entender a gravidade disso. Tu não és capaz de entendê-lo. Deixas para trás um rastro de sentimentos renegados que formam um buraco na tua alma, e ele nunca mais se fechará. Viva os teus sentimentos! Deixa o teu interior brotar de ti e fluir como uma fonte de água cristalina que, ao mesmo tempo, limpa, lava e clareia tua alma. Deixa-lhes gritar de alegria! A vida te agradecerá. Agradece à vida. Graças! Quando os teus sentimentos irromperem de ti, farás vibrar junto os sentimentos das outras almas; será um mar de sentimentos. Cuida de teus sentimentos, viva-os plenamente! Diz ao teu interlocutor tudo o que sentes, sê aberto, totalmente aberto. Expõe teus sentimentos abertamente, assim conhecerás melhor teu interlocutor. É arrebatador. Não os reprimas. Não!, mostra-os, tem orgulho deles. Sim, orgulho. Exulta de alegria, com imensa alegria! Teus sentimentos se tornarão mais fortes, mais abertos, mais diretos, mais calorosos e melhores. Apenas os bons sentimentos sobreviverão. Sente o outro e com ele – e ele sentirá contigo. Sente essa maravilhosa sensação de gratidão que borbota de todos os teus poros. Deixa borbotar, borbotar! Essa corrente nunca deverá secar. A morte irá te levar a uma outra existência, com uma corrente ainda mais forte. Assim, estarás preparado. Borbota, para continuar vivendo na corrente da eternidade. Borbota!

Ad votum – Demissio nostra – querela nostra.
Para a oração – Nossa humildade – nosso lamento

O divino;

alcançar o divino;
expulsar o mal com o divino;
o começo de uma nova era.

2.º Chamado

Para ganhar conhecimento, segue-me! Dá-me a mão e segue-me. Verás que não é difícil. Revolve as tuas profundezas e dá-me a prova. Sustenta-o! Nada é de graça na vida. Dá-me essa prova de amor. Vale a pena. Está escrito nas tuas profundezas. Procura-o, traze-o à luz da sapiência. Nunca é tarde para voltar atrás. Faz parar o mal, o ruim, o imoral, o superficial. Adentra tua consciência e traz à tona o divino que está dormitando dentro de ti! Traze-o para fora! Isso trará novos e inesperados impulsos para a tua vida. Desenterra-o! Está fervilhando dentro de ti – em todos nós. O divino te dá força para matar o mal que há dentro de ti. Sim, deve matá-lo! Somente isso – para te redimir, te libertar. Vale a pena! Essa nova força te levará numa direção que ainda não eres capaz de adivinhar. Tal direção indicará uma nova esfera que os vivos virão a conhecer. Traz para fora a força de dentro de ti! Escava até que ela apareça. Essa força irá matar o mal deste mundo, extinguindo-o. Uma nova era se iniciará. Algo novo se aproxima de ti. Essa imensa novidade vos elevará acima de tudo.

Vivat, solvat.
Vivat, solvat.
Rerum causa.

“Viva, dissolva.
Viva, dissolva.
Por causa do acontecimento.”

A oração;

a força da oração;
a oração determina o caminho do Bem;
a voz da oração será ouvida.

3.º Chamado

Para manter o mundo em ordem, é preciso orar. Ora e receberás o que estás pedindo! O ato de orar estabelece o cordão entre vós, seres humanos, e nós, que nos encarregamos de vós. Teu reflexo te alerta, caso não o faças. Não te preocupes, mas ora! Ora sempre, onde quer que estejas. Vale a pena. Ora pela preservação da Terra! Tua oração deve circundar o mundo. A oração nos alcança. Podemos apoiá-los a todos e assegurar o vosso bem-estar. Ora, ora sempre! A oração determina a ordem do mundo, o caminho do Bem. Não te preocupes! A oração tirará as tuas preocupações. Não te preocupes! Orai a nós pelo vosso bem-estar e serão bem encaminhados. Queremos que sejam bem encaminhados. Sofremos quando vós sofreis. Não deveis sofrer. Ora pelo que desejas. Assim que iniciar a oração, ela será um bom desejo, e o Bem virá para vos. O Mal deverá ser eliminado, esmagado. A oração impedirá que volte. Ora pela boa vontade! Ora! Não te arrependerás, a oração será parte de ti. Ora, ora sempre! Nós ouviremos essa voz. O Bem será derramado sobre vós! Ora! Ora a teu Criador! Ora e serás bem encaminhado! Ora!

Cum luce
Laudatio
Tres mentores.

„Com luz
Louvor
Três mentores.“

A alma;

a salvação da alma;
a imortalidade da alma;
os tormentos da má alma;
o Círculo do Bem e a unidade com Deus, infinitamente libertadora.

4.º Chamado

Tu vens a este mundo e dele partirás. Não te acomodes com a ideia de Eternidade. Lembra que tua existência é curta, lembra também que em breve partirás. Nada é importante neste mundo. O que conta é apenas a salvação de tua alma. Casas, castelos, poder, pontes, mansões, palácios, pobreza – tudo é efêmero. Nada disso tem valor. O que tem valor é a alma. Forma-a, ama-a! Ela é imortal. Irás carregá-la contigo para sempre. Se a tratares mal, sofrerás. Dá tudo para formá-la, aquecê-la, acarinhá-la. Tudo o que fizeres para a tua alma permanecerá contigo para sempre. Joias, anéis e peles não ficarão, mas o calor do teu olhar, a bondade das tuas mãos, o amor que sentes para com o próximo ficarão para sempre. Livra-te de tudo que for um obstáculo no teu caminho para a salvação de tua alma. Instrui-te, guia tua alma até sentires orgulho dela. O que conta não é a arrogância, nem a vaidade, nem o fervor, nem os insultos, mas sim o amor concedido, a bondade, a compaixão para com a outra alma. Cada alma que salves do sofisma fatal do materialismo equivale a cem louvores e um ganho para tua alma. Levanta-te e faz o bem! Tem misericórdia, sê justo e evita o mal, o carnal. Todo mal passará, somente o Bem sobreviverá dentro de ti. Salva a tua alma! A má alma queimará para sempre; são os eternos martírios. Salva a tua alma, faz o bem, faz sacrifícios! Sacrifica-te, livra-te de tudo que é pesado! Diz “sim” para o Bem, ama o Bem, faz o Bem! O Círculo do Bem irá te envolver e te levar a uma unidade infinitamente libertadora com Deus.

Saturnus nobis
Saturnus vobiscum
Periculum praestare.

“Um Saturno para vós
Saturno esteja convosco
Correr risco.“

O eterno;

o tempo dos atemporais;
a breve passagem na Terra;
resistir ao horror;
purificar e ser purificado na Terra.

5.º Chamado

Para superar a negligência da humanidade, é preciso fazer o seguinte: não cometas nenhuma injustiça, não cometas nenhum delito, não faças o mal, não faças nada errado, não faças bobagem, não cometas nenhuma estupidez, não faças nada finito! Senão, o horror cairá sobre ti. Àquele que fizer algo horrível, cem vezes o horror cairá ramificado sobre sua cabeça – como uma aranha que tece sua teia entre diferentes ramos e fica esperando o Moloch, que, sem alerta prévio, cairá na armadilha, para ser devorado pelo monstro. Precavei-vos contra o horror! Pois é mais terrível do que sois capazes de imaginar em vossas fantasias mais intrépidas. Livrai-vos de tudo que for horrível, eliminai-o de vossas almas – e colai-as contra a feição que procura enternecer-vos para, depois, devorar-vos com calma. Vossos gritos de medo e lamentação serão em vão. Será o fim, e vós o sabeis. Mas, mesmo sabendo disso, ansiareis sempre pela feição tentadora. Mas o que são vossos 50, 60, 70, 80, 90 anos terrestres comparados com a era destituída de tempo – o eterno, de que ainda não sois capazes de se aperceber. O que é vosso tempo na Terra? Estais aqui para purificar – e ser purificado. Vosso interior sabe, vós sabeis! Deixai de lado vossa lamentável aflição com juros e juros compostos, com sogras e tias doidas. Deixai acontecer! É pouco tempo – muito pouco. Depois, espera o Moloch. Se tu não tiveres força para resistir, serás devorado. E como será essa devoração – sem possibilidade de ajuda?

In curriculo vacuo.
„No currículo vazio“

O Universo;

a clareza é a máxima prioridade;
a verificação do normativo;
cortar os laços do trivial;
o paralelismo aqui e lá.

6.º Chamado

É bem conhecida a sistemática das coordenadas. Em benefício da clareza, deve-se acrescentar que o preparo da sistemática é que dá asas ao crescimento. Deve-se esclarecer e expor o que não foi compreendido; deve-se revelar o paralelismo do Universo. Até o último momento, não será possível uma datação. Aqui, a verificação do normativo é ilimitada, a clareza é a máxima prioridade. Véus de névoa flutuam em torno do fantasmagórico, seres sem alma sibilam à minha volta. Beira o improvável que isso chegue ao seu destino de forma clara. Domina-nos – e nós te dominamos. O tolo em ti pode ser expurgado. Proíbe-te ritos desconhecidos! A clareza é a máxima prioridade. Ordena, e eu te obedecerei. Teus gritos são em vão, não encontram nenhum ouvido. O que queres? – amor? Eu te darei. Obedece! Circunda-me a imensidão infinita; nevoeiros me encobrem. Dá-me o teu amor! Ele deve ser infinito – um emaranhado de inundações de mundos. Sem esperança. Ninguém desemaranhará o segredo, a margem infinita. Tudo é negro. Há ribanceiras em torno do nada; molduras na luz grotesca. Transborda por tudo, tu és alçado por rastros inexoráveis. Está clareando, clareando. Luminosidade. Tu és banhado pela luz, ela te cinge. Levanta e ouve! Os vestígios não te deixarão. Acontece segundo tua vontade. Solta-te! Está vindo. Acima de ti, não há nada; embaixo de ti, não há nada. Ouve! Os laços do trivial te enleiam, te estrangulam. Corta-os para sempre, joga-os longe! Assim te livrarás! Tudo é paralelo, aqui e lá. A luz vibra na infinitude da existência. A luz inunda o Universo – mais dourado que o ouro, mais claro que o cristal, mais verde que a esmeralda.

Tu vobis mundum
Tu vobis mandatum.

Sê o mundo para nós
Sê a nossa missão.

A efemeridade dos acontecimentos terrestres

proteger a alma dos ferimentos;
superar a animalidade;
o pensamento gera progressos inimagináveis.

7.º Chamado

As bandeiras da conquista estão alçadas; a cabeça está erguida. Tu deves aprender a obedecer, para sempre! Chegará o tempo em que tudo terá passado. O vento, o orgulho, os gritos de guerra, os gritos dos feridos, tudo terá sumido. Tudo estará morto. Tudo terá acabado – tu terás vivido. Chegará o tempo em que rirás de tudo. Uma vez que tudo é sem importância – e era. Os gritos das criaturas atormentadas cravam-se na tua alma. Essas cicatrizes são eternas. Se não tiveres ajudado, será uma eterna dor para ti. Eternamente levarás contigo essa dor do outro. Tem compaixão, com frequência e em todas as ocasiões. Não permitas que cicatrizes abundem em tua alma. Nunca mais poderás limpá-las. Ajuda sempre onde tua ajuda for necessária. Pensa mais nos outros. O pensamento em ti virá por si só. És tu quem determina o pensamento. O pensamento deve fluir até os outros, absorver e formar uma unidade. Todos vós deveis formar uma unidade pensante. Deveis conquistar o mundo pensando, e não de modo animalesco – como tem acontecido até agora. Aprendeis a pensar, pensar, pensar! O cérebro está à vossa disposição, é vossa ferramenta. Então, por que não usá-la? Teríamos guerra se soubésseis pensar? Estais pensando quando eclode uma guerra? Não!, atuais de modo animalesco. E assim, vossa alma continua sendo uma massa de vergonha, bruta, vermelha. Como são horríveis essas almas – brutas, vermelhas! Em todo lugar, ficam sibilando, empurrando e atrapalhando. Tudo é repugnante nelas. Pensai, e todos os problemas serão resolvidos! Pensai, e vossa ascensão não encontrará obstáculos. Pensai! O cérebro é uma ferramenta divina. Está em vossas mãos superar os limites da Terra. Tudo pode ser feito. Pensai! Pensai! Corpus delicti. Pensai! O pensamento gera milagres. Louvai-o! É pensando que se conquista o mundo.

Corpus Delicti

“Corpo de delito”

O propósito de cada ser humano;

apenas alguns encontram seu propósito;
o caminho dos obstinados buscadores de propósito;
o destemor no encontro do propósito;
a maldade dos renegados.

8.º Chamado

O propósito desaparecido deve ser encontrado. Não tenhas medo de procurá-lo. Reencontrá-lo é uma de tuas tarefas. Procura onde não o supões. A procura causa dor, é fatigante – mas vale a pena! Todo ser humano tem um propósito e é sua tarefa procurá-lo. Se não o procurares, estarás perdido. Então, procura-o! Pode estar em ti, em um outro ou no topo de uma montanha. Procura, investiga! No caminho até lá, haverá muitos propósitos ilusórios. Mas só alguns encontrarão seu propósito. Muitos se perdem no caminho da procura pelo seu propósito – somente os escolhidos o encontrarão. Tu és escolhido! Todos são escolhidos! Faz tua escolha e obedece, então serás escolhido. Chora, desespera-te – mas não praguejes! Muitos se perdem no caminho até lá. Tropeçam, definham, degeneram, corrompem-se. Fica forte, não tropeces! Olha para dentro de ti e encontrarás teu propósito – agora, em breve, mais tarde, no momento de tua morte. Aquele que encontra seu propósito é salvo e pode ficar descansado. Não tem mais medo. Está livre das preocupações. Mas apenas alguns encontram o seu propósito. Não vos deixeis dissuadir pelos renegados, invejosos de vossa procura obstinada pelo propósito. Eles vos arrastam e vos lançam olhares encorajadores. Mas por trás disso não há nada além de maldade e deboche, no momento em que conseguem fazer-vos tropeçar. Atrás de seu riso está a carranca do Satanás, esperando pela vítima com água na boca. Precavei-vos da carranca do Satanás, ficai forte no vosso caminho! E orai para encontrar vosso propósito!

Futurum laureatum
Laureatum futurum.

“Futuro glorioso
A glória para o futuro.”

A força;

a construção da própria força;
a superação da fraqueza, para ganhar força;
o círculo vital, forte e pulsante.

9.º Chamado

O desamparo terreno é grande. Em nenhum lugar, vê-se mais que aqui. Lá, tudo é grande – aqui, tudo é pequeno. Lembra das minhas palavras! Tudo que é terreno é efêmero, desde as menores coisas até as gigantescas. Tudo passa. E também não há nada em que possas te apoiar – a não ser em ti mesmo. Busca a força dentro de ti, não no que é terreno. Cuja força passará. Tudo passará. Deixa a força fluir de dentro de ti. A força forma um círculo em volta de ti. Esse círculo é tua força. Se ele for suficientemente forte, nada poderá penetrá-lo. O círculo está pulsando. Tu és invulnerável. Se o círculo estiver furado, ele bruxuleia e vacila. Tu não encontrarás apoio. O círculo está ardendo e pode te atingir. Ele pulsa. Sua potência depende de tua força. Ao longo de tua vida, tu és capaz de potencializar, aumentar e fazer pulsar com maior intensidade a força que está dentro de ti. Todos possuem esse círculo pulsante, esse anel em torno de si. Em alguns, ele é tão fraco que mal é possível perceber sua existência; em outros, é rubescente e com faíscas brilhantes, que resplandecem por grandes amplitudes. Essa força pode ser de uma luminosidade extraordinária. Cultiva essa luminosidade por meio da intensificação de tua força. Força é a superação da fraqueza – a fraqueza existe para ser superada. Fraqueza moral, maldade, opressão, sugestionabilidade, tropeços – tudo isso é fraqueza. Reverte a fraqueza em força! Encontrarás a força na oração. É na oração que encontras a força que constrói teu círculo vital. Dá à tua vida a espinha dorsal espiritual necessária para que o brilho dessa força irradie dos teus olhos!

In vero sum verus homo novus.
“Na verdade, sou um homem novo, verdadeiro.”

O esclarecimento;

o esclarecimento gera confiança;
criar uma base sólida para as gerações posteriores;
o desenvolvimento para a tetradimensionalidade.

10.º Chamado

Palavras esclarecedoras irão te ajudar. O esclarecimento gera confiança, e a confiança é a base para a capacidade de sentir compaixão. Tem compaixão por toda criatura que encontres durante tua vida terrena. Olha nos seus olhos e compreenderás seu sofrimento. Mas, em primeiro lugar, está o ser humano: o ser que anima o mundo. Cada passo deixa rastros. Rastros que deixam impressões para gerações posteriores, que construirão sobre os rastros daquelas que as precederam. Se a base estiver firme, sólida, então a construção será mais fácil para os sucessores; as lembranças daqueles que aqui estiveram serão boas. Cria obras para aqueles que ainda virão! Pensa também neles. Não penseis apenas no agora. Ou será que aqueles que vierem depois de vós não poderão ouvir o canto dos pássaros, o farfalhar das folhas e o murmúrio dos riachos? Pensai nas gerações que virão depois de vós. Elas se desenvolverão para muito além de vós, que sois apenas a base de concreto da construção. Vós sois apenas o começo do desenvolvimento da tetradimensionalidade. Ela, a tetradimensionalidade, transformará tudo. Mas também os que ainda virão irão querer ver o verde de uma folha, sentir o perfume de uma rosa ou de uma calêndula. O que fizésseis até agora? Por que ainda usais plástico para embrulhar os alimentos? Jogai fora isso agora! Por que não usais algo que se decompõe após o uso, algo que possa ser atomizado em pequenos fornos? Mangueiras de plástico, tudo que não se decomponha rapidamente – jogai fora isso! Pensai em algo facilmente degradável! A solução é fácil – quando a tiverdes encontrado!

Humus laudata, via bona.
“Terra Prometida, um bom caminho.”

A contrição;

a misericórdia de Deus;
acender a centelha divina;
o apoio mútuo em benefício de toda a humanidade.

11.º Chamado

A perfeição do Sublime é macronômica. Rogai por vossa graça! A maldição é enorme; enorme é o castigo. Enorme é o castigo para todos os que não mostram Contrição. A contrição é possível sempre, enquanto vos estiverdes na Terra. Mostrai contrição! Nunca é tarde para a contrição. Mas o castigo é terrível. A misericórdia de Deus é grande, se mostrardes arrependimento. Caís fundo. Mas a centelha divina ainda está dentro de vós. Acendei-a, fazei-a brilhar, para que haja fogo ardente. Fogo ardente, que seja visível em todo lugar. As centelhas que se desprendem acenderão outros fogos. O fogo divino tomará o mundo. Vós vos alegrareis. Virá sobre vós uma alegria nunca antes sentida. Acendei o fogo e deixai que ele flameje dentro de vós. Ele deve erguer altas labaredas. As centelhas divinas vos incitarão a realizar grandes feitos em benefício de toda a humanidade. Não estais todos no mesmo barco? Apoiai-vos mutuamente! Cada qual precisa da ajuda do outro. Ai daqueles que repelem o outro. Ai! A alma destes estará perdida junto com a tua, e teu castigo irá se multiplicar por cem. Evita fazer algo assim! Parte meu coração quando veja algo desse tipo. Devei ajudar, apoiar e amar uns aos outros! Só então haverá felicidade na Terra. Vossos anos terrestres serão felizes. O mundo inteiro é vosso – de cada um de vós. Ninguém pode ousar dizer que isto ou aquilo é meu. Os bens são para todos. Para todos! Tudo o que possuis vos pertence somente por um curto período.

Querulus nobis
Matrix infinita.

“Um clamor para nós
Fonte infinita”

O poder;

Assumir responsabilidade pelos fracos;
A edificação moral dos necessitados;
Usar o poder para o bem;
Não tornar-se vítima do mal.

12.º Chamado

A responsabilidade dos detentores do poder é grande – é grande sua responsabilidade. E não devem esquecer-se da responsabilidade moral. Cada uma de suas faltas será punida, mais ainda do que no caso daqueles que não têm poder. Sua ganância de poder é imensamente pecaminosa. A obsessão por poder é ganância e será punida. Guardei-vos de qualquer forma de obsessão! A ganância e a obsessão levam diretamente ao caminho perdição. Assim como vos perdeis, levais também outros à perdição. Guardai-vos de qualquer forma de perdição. Quem quer perder-se? Fazeis o que é possível para evitar a perdição? E andais por vontade própria no caminho da perdição! O caminho da perdição é totalmente escuro – escuro, cinza como o lodo no qual escorregamos, não encontramos apoio. Aqueles que assumem responsabilidade terão o dobro da responsabilidade pelos fracos. Guardai-vos de explorar os fracos! Vosso castigo será terrível, terribilíssimo. Pensai sempre em construir, ajudar, ser útil. Usai vossa posição de poder para fazer o bem! Ajudai onde a miséria tiver causas morais; ajudai, não vos desobrigueis de nada! Pois vossa queda será abismal. A edificação moral dos necessitados é também uma de vossas tarefas. Se tendes poder no curto período de vossa existência terrestre, então essa tarefa vos foi atribuída. Orai para que ajas corretamente! Pois o caminho do mal frequentemente segue de mãos dadas com o poder – e é fácil segurar a mão de Satanás. Vedes a carranca escarnecedora da sede de vingança? A alegria, quando sois uma presa fácil do mal? Permanecei forte, fortalecei os miseráveis! O louvor será mil vezes maior se tiverdes êxito nessa tarefa. Tende sucesso e nós estaremos do vosso lado! Não vos deixeis cair em tentação, pois sereis amaldiçoados!

Nomen est omen
Verum solvat
Tecum nobis.

“O nome é um augúrio
A verdade irá cumprir-se
Contigo, para nós.”

O convívio;

fortalecer o sentimento de vínculo;
Apoiar o convívio;
o que conta é o grupo, a comunidade.

13.º Chamado

Então chegastes no ponto de total desorientação. A desorientação vem se propagando. Mas precisamos continuar, vós sabeis! Juntai-vos, juntai vossas ideias e intercambiai vossos pensamentos; dai ouvidos a qualquer detalhe! Juntos, conseguis. A desorientação, juntamente com vosso desamparo, passará. Aceitai essa ideia e planejai sua execução! Juntos, fareis melhor do que sozinhos. Pertenceis uns aos outros! Um ser sozinho passa frio e fome – mas juntos apoiai-vos uns aos outros. Tudo é mais fácil quando feito em conjunto. Aceitai também no vosso círculo aquele que não contribui logo no começo. Somente mais tarde conhecereis sua contribuição, que no início não entendíeis. Talvez se trate de acalmar os espíritos turbulentos e as personalidades conflituosas. Sua contribuição é silenciosa – sutil, mas duradoura. As personalidades turbulentas precisam desses espíritos lenientes e dóceis e que irradiam isso de modo indireto. Aceitai todas as ideias! Anotai-as, selecionai e separai – e escolhei as melhores. Conversai e conversai, até encontrar a melhor delas. Sempre ficai juntos, não adentreis caminhos solitários. Precisais uns dos outros! Estais aqui para quê, se não uns para os outros? Agir uns contra os outros sempre termina em catástrofe. O que conta é o convívio. Vede como os animais se reúnem em grupos quando estão em dificuldades, formando um círculo. E como se fortalecem quando em grupo. Sozinho e excluído do grupo, qualquer animal está perdido. Na verdade, o que conta é o convívio. Tudo pode ser alcançado quando feito em conjunto. O grupo é o que conta. Em grupo, surgem impulsos valiosos, importantes para vossa existência na Terra.

Quisque tradit de pulsum.
“Cada um transmite a pulsação ao outro”

O fogo;

A desgraça e a salvação do fogo;
o fogo como arma celeste;
Deus, o único soberano do mundo.

14.° Chamado

O fogo sempre queima. Flameja e arde, até que as chamas se tornem labaredas, causando grandes destruições. O sofrimento dos atingidos é enorme. Vinde rápido, para consolar! Tomai as vítimas em vossos braços, consolai-as, acalentai-as e reconfortai todas elas. As chamas consomem, deixam queimaduras, cicatrizes, devastação; o odor intolerável da fumaça exala até o Céu. O fogo é a força divina. Mas o fogo também depura. O que é carbonizado queima até tornar-se preto, tinge o chão de preto e, ao mesmo tempo, o aduba. Mais tarde, quando voltardes ao mesmo lugar, o chão estará mais fértil, e as colheitas serão maiores do que nunca. Apagam-se os focos de incêndio, mas eles sempre voltam a arder. Isso continuará assim enquanto a Terra existir. O fogo traz salvação, mas também grande miséria. Mantende-o sagrado, então ficará contido. Haverá grandes incêndios. Vejo cidades inteiras, megalópoles, sucumbirem num imenso mar de chamas. Guardai-vos de brincar com fogo; deixai de mexer com fogo! É perigoso! A palavra “fervor” é falsa – é falsa essa palavra. E não lanceis impropérios diante do fogo! Senão ele arderá e queimará vosso rosto. O fogo está dentro de vós e no interior da Terra. Por isso sempre volta a acender-se. Contende-o! Pois caso se alastre, não haverá fuga possível. Ele vos capturará, lambendo voraz a presa que conseguiu. Cuidai do fogo! É uma arma celeste para salvar-vos da arrogância, para vencer vosso orgulho, para mostrar que Deus é o único soberano sobre a Terra.

Conductate sin limite divina.
“Junta-te ao divino sem limites”

A razão;

esforçar-se para melhorar o raciocínio;
não deixar o cérebro esvaziar-se;
estimular o cérebro, para chegar ao seu desempenho máximo;
usar o cérebro como ferramenta.

15.° Chamado

A linha da razão está traçada. Ela atravessa a vida – do começo ao fim. A razão guia e ordena. Vós sois seres racionais. A capacidade de raciocínio vos foi dada para fazerdes uso dela. Quem não a usar será punido. Mantende-vos racionais! Agi de modo sensato, e a razão virá. A cada geração a capacidade de raciocínio – vossa capacidade de raciocínio – deve aumentar, para não diminuir. Se diminuir, a culpa será vossa. Apenas quem for racional verá a luz no final da escuridão. E como vós todos aspirais à luz, todos procurareis essa luz. Para alguns, esse caminho será muito longo. Alguns – lamentavelmente! – nunca alcançarão essa luz. Sua razão é limitada. Não aprenderam superar essa limitação. Cada superação custa lágrimas, desconsolo – porque quereis romper as correntes internas. Mas apenas os razoáveis seguem o caminho certo. A razão vos dota de tudo que for necessário, vos ajuda a evitar perigos, a remover obstáculos, a arrastar para o lado as barreiras e a subir às alturas. Sede razoáveis! A razão não tem limites, é ilimitada. Vosso cérebro, com seus processos químicos, espera por vossa razão. E trabalha sem parar. Apenas tendes de disparar os impulsos. Se não dais impulsos, ele ficará em ponto morto. Mas não deve ficar em ponto morto. Os impulsos vêm de vós. Dai ao cérebro matéria para processar; dai ao cérebro a chance de trabalhar com máximo desempenho. Somente quem treinar seu cérebro estimula seu raciocínio e segue na direção certa. O cérebro é vossa ferramenta. Usai-o, treinai-o e estimulai-o!

Tempus non est renovandum.
Sancta ecclesia.

“O curso do tempo não se repete.
Santíssima Igreja”

A questão da existência;

procurar o objetivo nas profundezas do ser;
Deus é a prova da existência;
trabalhar para a elevação da alma;
facilitar os caminhos de vida das futuras gerações.

16.° Chamado

A transcendência do real é motivo para refletir; o real tornou-se, assim, o centro das reflexões sobre o desconhecido. Todos nos perguntamos o que é real. Eu sou, tu eres real? A Terra é real ou somente aparência? Tais pensamentos são desprezíveis. Pensar sobre o sentido ou a falta de sentido é totalmente absurdo. Como podes pensar sobre coisas que não engendraste? A Terra é um lugar de repouso para vossa breve existência. A questão da existência não é vossa tarefa. A entrega, a total devoção a Deus, que tudo criou, é a vossa prova de existência. Todas as outras questões, não podeis – nem deveis – resolver, pois não faz parte de vossas tarefas. Clarificar o vosso interior, isso é vosso objetivo; virar vosso interior ao avesso e dá-lo uma imagem arredondada, tal seja vosso objetivo! As perguntas – de onde viestes, o que existira antes, o que será depois – são irrelevantes, pois não sois capazes de resolvê-las. Vossa tarefa é a edificação, a elevação de vossas almas. Fazei tudo o que puderdes para isso! Esse deve ser vosso objetivo primordial. A Terra foi criada por Deus, para dar-vos essa chance. Deus irá destruí-la novamente – mas não sois vós quem deve fazer isso. Salvai vossas almas! Orai a Deus! Rogai para que não sejais pulverizados, mas que possais acender a esferas mais rigorosas. Procurai vossos objetivos nas profundezas de vossos seres! O que posso fazer para melhorar, para ajudar? – Para facilitar aos outros, que virão depois de mim, os seus caminhos de vida?

Primum vas salus; non plus ultra
Xenophobus.

“Insuperável, o primeiro copo conta
Xenofobia.”

O sol;

a dependência da Terra em relação Sol;
o fim do sol;
Implosão, implonat;
o desenvolvimento do Reino milenar;
um avanço inimaginável.

17.° Chamado

O sol está no centro do zênite. Tudo parte de lá. Sem sol, tudo morreria; sem sol, não tendes poder nenhum. Vosso fim seria imediato. O sol dá luz, calor, raios importantes. Ele é a vida para vossa existência. Sem sol, não haveria vossa existência terrestre nem vosso sistema estelar. O sol é vossa fonte de força. Mas vossa existência também é finita. Um dia, quando ele implodir, engolirá vosso sistema, como um sapo engole uma mosca. Contra isso, sois impotente. Mas ainda tendes um longo período de graça para vossas reflexões. Implosão é uma palavra importante que vos levará adiante. Não penseis muito em explosão, explorat, pensai mais em implosão, implonat – a fusão do núcleo, não a explosão do núcleo. Respeitai isso! Será o que estimulará o vosso desenvolvimento em direção ao Reino milenar, que ainda está por vir. Não demorará, estais no caminho certo. Vossos carros irão transformar-se em veículos implosivos, ainda rireis muito sobre os automóveis atuais, que emitem tanta poluição. São ridículos com sua velocidade máxima de 300 km/h. No futuro, 300 km/h não será nada. As distâncias não desempenharão mais nenhuma relevância na Terra. Estais no caminho certo. Logo ultrapassareis o limiar da distância. A distância não estará mais em questão – mas sim a permanência. Ficar será um grande problema para vós. Sempre tereis problemas, pois sempre tereis dúvidas sobre vós mesmos.

Te Deum, pontificem maximum.
“Tu, Deus, pontífice máximo.”

O cérebro;

o cérebro: uma ferramenta poderosa;
superar a preguiça;
impulsionar os processos cerebrais;
entrar na magia do reino espiritual.

18.° Chamado

Nunca poderás esquecer. A memória ficará para sempre. Ela é como que esculpida nas sinuosidades do teu cerebelo. O cérebro é obra onipotente de Deus – é um presente que Deus vos deu, um presente do Senhor. Trata-se de uma ferramenta tão poderosa, e ficamos enfurecidos quando não o aproveitais. Usai-o! Ele vos mostrará o caminho para o alto, para a felicidade. Vossa preguiça é fonte de toda desonra. Devei usar essa ferramenta com sensatez! Sois acaso porcos, que não fazem nada além de fuçar no lixo, na imundície, na sujeira; que se sentem bem com isso? Não tendes uma linguagem que vos ajude a sobrepujar essas baixezas? Sempre sois atraídos pela sujeira. Quem fuça no lixo é também lixo. E será para sempre. Subi para a claridade límpida, arejada, perfumada, na magia do reino espiritual. Abdicai, por fim, do lixo, da poeira, do mau cheiro, dos vermes. Tende orgulho de vosso instrumento divino que vos distingue das larvas e dos vermes. Por que remexeis em monstros de rugidos terríveis até encontrar ovos de pedra? Deus os extinguiu, tê-los visto vos assustaria. Nunca teríeis conseguido encontrar um lugar seguro, longe desses animais. Abdicai! Escolhei o caminho do sol nascente, da sabedoria, da luz; deixai o sangue correr forte por vosso cérebro. Impulsionai os processos cerebrais, não deixeis nada apodrecer, calcificar. Não abrais mão desse presente divino. Por que sois tão inertes, seres miseráveis? É para chorar. Escolhei o caminho ascendente!

Hosanna prosa nostra de vasto globo.
“Hosana, nossas palavras vão além do vasto globo terrestre.”

A reversão dos tempos;

a dimensionalidade além da Terra;
as regras e o compasso na Terra;
a torrente de fogo da discórdia;
controlar bem a torrente do amor.

19.° Chamado

Amanhã será ontem, ontem será amanhã; os tempos de outrora serão os tempos vindouros. O que está acima de tudo, estará abaixo de tudo. Vede, tudo está invertido. O fim tornar-se-á começo; o escuro será claro. Lembrai! Aqui não há nada que se assemelhe às regras e às disposições da Terra. Na Terra, vós seguis o compasso da Terra. Estais vivos para seguirdes o compasso da Terra, para morar, trabalhar, dormir, amar e orar. Tudo segue as regras que valem na Terra. O que está além disso, não compreendereis. Isso extrapolaria as possibilidades de vossas existências terrestres. Esperai, até explodirdes. Essa dimensionalidade nunca poderá ser compreendida por vós, vermes terrestres. Mas não vos preocupeis com isso! Cumpri na Terra as tarefas que vos foram atribuídas. Aqui, o fluxo infinito de labor da cornucópia ainda pode ser compreendido. Tudo na Terra pode ser compreendido por vos. Aqui, onde estou, nada pode ser compreendido, tudo é infinito. Um jato de fogo atingirá vossa Terra. Ainda acreditais nisso? É uma torrente de fogo da discórdia, pois há discórdia em vossos maus corações. Onde está vossa torrente de amor universal que orbitou a Terra duas vezes? A torrente de amor, e não a da discórdia, deve controlar-vos firmemente. Abri vossos braços o máximo possível, deixai entrar o amor. Ele vos envolverá – e assim sereis envolvidos na torrente de amor dos outros. A causa das guerras, do sofrimento, dos ferimentos, das destruições está dentro de vós. Pois aquele que destrói será igualmente destruído. Seu sopro de vida será dissipado, totalmente aniquilado. Ai daquele! O sofrimento que terá de suportar será mil vezes maior do que aquele que causou.

Nominatus gloria mundi.
“Ele foi nomeado a glória do mundo.”

O verdadeiro;

o verdadeiro se encontra no simples;
voltar do complicado ao simples;
o falso é a raiz de muitos delitos.

20.° Chamado

O conto de fada da verdade é deplorável. O verdadeiro é o bom, é muito simples! Simples é aquilo que possui formas claras, não rebuscadas. Tudo que é sinuoso, curvado, distorcido, não é simples. Muitos enigmas, mistérios, parecem à primeira vista rebuscados, labirínticos. Porém, assim que se vislumbra uma solução, ela é simples. Tudo pode ser reduzido a uma solução simples, uma equação. Se a solução aparece, ela é simples. O rebuscado, sinuoso, é falso; o simples, reto, plano, é simples, porque é verdadeiro. Tudo é simples, antes de parecer complicado. Assim é também com o falso. O que é falso é sinuoso, rebuscado – assim como os ramos suberizados de uma bétula. Tudo que não puder ser endireitado deve ser descartado. Procura o simples! Somente nele está o verdadeiro. A água não é verdadeira? O ar não é verdadeiro? O sangue não é verdadeiro? E quantos materiais simples estão à vossa disposição para isso. Sempre voltai do complicado para o simples. Evitai ideias suberizadas, empoeiradas, mutiladas, sinuosas e mentirosas. A ideia simples é o verdadeiro. E o que for verdadeiro é simples. O amor é verdadeiro e simples ao mesmo tempo; um amor fingido é falso e complicado, porque o corpo fala diferente da alma. A ave, percorrendo seu caminho no firmamento, não é verdadeira? Por que deveria ser falsa? O falso é a raiz de muitos delitos. Não construa nada encima do falso, pois logo começará a balançar. Verdadeiro é a respiração, entrando e saindo; verdadeira é a natureza. O que é falso nela? Somente vós podeis cometer um erro contra a natureza. Procurai o simples! Fazei das dificuldades soluções simples. A vida vos agradecerá!

Nobiscum.
“Conosco.”

A harmonia;

desbastar tudo que for pontiagudo e espinhoso;
banir os ferimentos da alma;
tudo deve ser harmônico, fluir com energia equilibrada.

21.° Chamado

O pontiagudo, o espinhoso, vos fere. Se passardes de raspão sobre eles, ferir-vos-eis. Vossa calça, vosso vestido e vossa pele rasgar-se-ão. Cada ponta, cada saliência pontiaguda pode ferir-vos, se não tomardes cuidado. Apanhai a serra, serrai tudo redondo; lixai e aparai tudo que espeta. É assim que deveis proceder na Terra! E o que fará Deus, vosso Senhor, com todas as vossas pontas e vossos espinhos, com os quais feris a vós e a outros? Ele fará todos caírem, com o sopro quase imperceptível de Sua onipotência. As pontas e os espinhos de vossas almas, que causam ferimentos, serão aparados. E o que sobrará de vossas almas? Uma minúscula miudeza, que não merece ser engendrada. Vossa alma será então um sopro, que será soprado. Não deixeis surgirem pontas, espinhos e crateras em vossa alma! Nada é pior que isso. Tudo deve estar solto. Vossa respiração, vossa vontade de viver e vossa energia devem estar equilibradas. Não esbarreis em nada! Cuidai para que tudo em vós permaneça em harmonia. Viestes à Terra em harmonia e com energia equilibrada. Quem gera energia a mantém e não desperdiça nada, acumula; produz estancamentos que formarão pontas, saliências espinhosas – algo que deve ser desbastado. É sempre na oração que encontrareis harmonia. Ninguém está imune a ferimentos, que mais tarde intumescem e formam caroços. Mas isso deve ser banido da alma e desbastado. Tudo deve fluir! Evitei estancamentos, intumescências que vos enrijecerão e vos trarão desgraça.

Quanto valet temptamen nostrum.
“Tanto mais vale nossa tentativa.”

A tentação

a corrente da tentação é como um labirinto;
o resgate desse labirinto é difícil;

a alma nunca deve endurecer-se por ganância e vício; o mau devora de dentro para fora.

22.° Chamado

A serpente da tentação é antiga – tão antiga como a espécie humana. Ela se aproxima silenciosamente com patas de veludo, com um rosto tão doce como bombons de chocolate. O desejo de pô-la na boca, desfrutá-la, lambê-la, é grande. Sua superfície é macia; seu interior, quente; sua aparência, tentadora. Mas assim que seu desfrute se torne vício, ela vos devora. Suas correntes vos enlaçam como um labirinto. Se tentardes defender-vos desesperadamente para libertar-vos, para fugirdes, seus braços sinuosos irão esmagar-vos com força mil vezes maior. E se tentardes cortar um de seus mil braços, oito novos crescerão imediatamente. Vossos clamores por libertação serão em vão, implacáveis. A redenção será difícil, muito difícil – porque esse labirinto não voltará a se abrir. Guardai-vos de toda tentação, vício, ganância doentia, paixão e pecado. Isso endurece vossas almas, que deve continuar macia e suave. Senão, formar-se-á dentro de vós um caroço duro e com casca tão dura quanto a de uma noz. Seu destino será amargo. Quando estiverdes totalmente presos nas garras das atrocidades satânicas, começareis, cheios de amargura, a procurar por vítimas para levá-las convosco. Mas a queda não terá fim e não haverá nenhum solo que vos acolha. Vossa queda será sem esperança. O mal vos devorará de dentro para fora. Vossas almas terão a aparência de uma grande rede de malha, que qualquer vento faz esvoaçar em qualquer direção.

In nomine cursus theatralis tabus grandiosus.
“Em nome do teatral e grandioso curso da sacralidade”

A energia da alma;

uma energia forte da alma é capaz de romper o muro da separação;
energias fracas da alma deslizam para o anonimato;
quem rompe o muro da separação encontra-se na luz.

23.° Chamado

As ondas do mar vão e vêm, balançando para lá e para cá; sobem e descem, perdem-se na costa e, no Caribe, chegam a alturas celestes. O mar e as marés vos mostram o ritmo da vida. O mar é cheio de vida. Toda a vida emerge do mar, da água, da força primária da vida. Por vezes, a água é gelo; por vezes, orvalho; por vezes, neblina; por vezes, uma gota – e eis que sempre se compõe das mesmas moléculas. Vós sois a água. Algumas vezes, pequenos; outras vezes, grandes; mas sempre a mesma massa. O ser humano é sempre ser humano, e quando perecerdes, tornar-vos-eis energia. E vossas almas, se forem plenas de força e de energia intensa, serão capazes de romper o muro da separação. Mas se forem fracas, devido aos vossos vícios – entremeadas de buracos, adensadas por vossos pecados – não poderão romper o muro da verdade. Será o inferno. Quem poderá salvar-vos, então? Somente a misericórdia do Senhor! Mas se Ele nunca tiver ouvido vossas vozes e nunca tiver sentido vosso amor, não poderá ajudar-vos. Deslizareis com os outros caídos para o anonimato. E não haverá alças em que possais vos segurar; nenhuma ameaça e nenhum ranger de dentes ajudará. Para romperdes o muro do Paraíso, vossas almas precisam de forças energéticas imensas. Se as possuirdes, estareis na luz. Por vezes, uma grande energia pode fornecer força para uma alma caída. Só então vossa salvação será possível. Mas tudo dependerá do Criador da onipotência. Vós estais no mar, sois do mar. Nunca transbordeis! O horizonte está longe, e o perigo de afundar é grande.

Finalis, tot, ema.
“Definitivamente, tantos, tome”

A morte;

estar preparado para a morte;
não há justiça na Terra;
o ser humano, imperfeito, não pode ser justo;
a justiça deve ser deixada nas mãos do Criador.

24.° Chamado

Assim como o relâmpago vem de repente, atingindo a vós, à árvore, à casa, ao pedestre, assim a morte virá até vós. Sempre de forma inesperada, como o ladrão durante a noite. Atinge-vos a qualquer hora, em qualquer lugar, em qualquer idade. E ai daquele que não estiver preparado! Sereis convocados e levados ao tribunal. Por isso, estai cientes de que o Ceifador alcançar-vos-á a qualquer momento. Mesmo quando o sol está rindo para vossos corações – chegará a vossa hora. Aquilo que considerais injusto é arquitetado pela mão mais sábia. Não há justiça na Terra. Um é justo, o outro é injusto. Não penseis que tendes o direito de julgar, por acreditar que isso é justo, e aquilo, injusto. A morte é a justiça. Ela aplanará tudo, porque então sereis julgados, enquanto a injustiça permanecerá na Terra, pois vossas mentes dão deveras imperfeitas. Apenas uma mente perfeita consegue ser justa. Mas vós nem chegais perto disso. Só podeis falar em justiça no sentido de vossa “humanidade” e, assim, aparentar que agis de modo justo. Não há justiça entre vós, seres humanos, pois deixais vossas almas e as dos outros degenerarem. É justo dardes vosso manto a um homem nu, se, assim, ficardes nus e com frio? Sempre agis de modo humano, e isso acarreta a injustiça. Podeis chegar mais perto disso se fizerdes o bem. Cortai a metade do manto para o homem com frio – assim talvez possais escapar da morte por congelamento. Deixai a justiça para vosso Criador, vosso, nosso Senhor, para quem o direito está na justiça!

Amen.
“Amém”

O amor ao próximo;

o amor eleva;
o ódio pertence ao reino de Satanás;
o amor dá respostas para muitas perguntas.

25.° Chamado

A perversidade do desejo de poder se apossa de muitas pessoas. A avidez por dominar os outros, aqueles mais desvalidos, toma posse delas. Estão sempre pensando em obter novas posses. Ficam pelo caminho os rejeitados, os deportados, os excluídos, os reprimidos. Sua miséria é grande. Aquele que é obcecado pelo desejo de poder fecha-se cada vez mais em si mesmo. Durante a noite, seu peito fica tão apertado, que ele acha que vai sufocar. É atormentado por pesadelos. Vê estendidas as mãos de quem ele expulsou. Estes o puxam e o arrastam. Mas sua força – a força do mal – ainda consegue segurá-lo. Todavia, dentro dele tudo está cada vez mais fraco. Ai daquele que chega assim diante do Tribunal. Não lhe será concedida nenhuma graça. Vossa missão é o amor ao próximo, não o ódio, que pertence ao reino do Diabo. Com o amor, elevar-vos-eis. O amor é aquela rosa maravilhosa que nunca amarelece, nunca seca – que sempre floresce. Cultivai-a, abri vossos sentidos para o amor ao próximo! Seu interior se aquecerá, e esse calor irradiará para fora. Como podereis ganhar o amor de Deus se continuardes a desprezar, odiar, mortificar e afrontar Sua obra? Como podeis implorar pelo Seu amor, pedir pelo vosso bem-estar, se desconsiderardes o bem-estar dos outros sofredores? Somente o amor abrirá vossos olhos e poderá responder a muitas perguntas. Aquele que rasteja diante de vós, levantai-o e acompanhai-o por um trecho do caminho. Os olhos que estiverem brilhando de gratidão iluminarão vossas almas. Ela se tornará mais clara e vossa energia interior se multiplicará. O amor de Deus retornará a vós.

Promissium voluntarium.
“Promessa voluntária”

O disco rotatório da vida;

em alguns, o disco rotatório da vida gira devagar, em outros, muito rápido;
manter-se na balança;
manter elástica a corrente da vida, que gira e estica.

26.° Chamado

Vós sois o carrossel de vossa vida – um disco que gira; do começo ao fim, o ponto de partida de vossas existências. Voltareis para vosso ponto de origem. Para alguns seres humanos na Terra, o disco da vida gira devagar; para outros, muito rápido. Estais no centro, sois o motor do carrossel. Às vezes, sois lançados para fora de vossas rotas. Acreditais estar perdidos, mas as faixas vos seguram. São esses os poucos momentos de felicidade em vossas vidas, os momentos na Terra em que podeis regozijar-vos. E, depois, saltais para trás, com um impacto brusco na Terra. Sois seres tão dissonantes, tão imperfeitos, e não entendeis que esse motor está modelando vossas vidas. Sois o centro, o motor. Precisais impulsioná-la. Se saltais para fora muito rapidamente, a força de ejeção será tão grande, que o retorno brusco à linha do disco será terrivelmente doloroso. Essas são vossas mazelas, depressões, crises. Mas podeis ver que sois vós a causa? Sois o reflexo! Se não ficardes na balança, caireis de um lado para o outro. Por que tantas vezes vos superestimais? Por que não ficais no vosso disco da vida? Não sois feitos para voar alto. Sois feitos para engatinhar na Terra – e continuareis sendo isso. A audácia vos traz muito infortúnio. Deixai sempre elástica vossa faixa giratória da vida, mas nunca a distendas demais. Para que essas enormes distensões, que vos custam tanta força e que fazem empobrecer vossas almas?

Culpa demens.
“Falta grave”

As circunstâncias da vida;

muitas vezes, as circunstâncias da vida são desoladoras;
às vezes, tudo parece tão negativo;
a aparência externa do outro;
a maldição da riqueza mundana;
a gana de querer sempre mais.

27.° Chamado

Muitas vezes, as circunstâncias da vida são muito desoladoras. Vossa vida é deplorável, miseráveis são as condições de vossa existência. Fazeis acusações, clamais a Deus: “Por que tenho que sofrer tanto?” Consome-vos a inveja – de todos aqueles que, aparentemente, são alimentados diretamente na boca por gansos grelhados. Vós vos esforçais, mas tudo parece sempre encaminhar-se para o negativo. Perguntais: “Por que eu? – Por que eu é que estou tão mal, e não os outros?” Porém, aquilo que vedes é apenas a aparência do outro. Não vedes o interior daquele que vos parece tão rico, que vive em circunstâncias aparentemente tão confortáveis. Por que não sois capazes de ver o seu interior? Porque fechais vosso próprio interior. Se pudésseis vê-lo, talvez fôsseis tomados de espanto e aversão. Talvez o interior daquele que goza de tanta riqueza esteja carcomido, cheio de buracos, mirrado – ainda mais mirrado que vossa sopa mais rala; corroído pela gana de sempre querer mais. Pois é essa a maldição da riqueza mundana: nunca se tem o suficiente. Quem tem uma bela casa, vê seu vizinho morando numa casa ainda mais bela. Se o rico tem uma fábrica que gera muito lucro, ele encontra outro rico com uma fábrica ainda maior, que obtém uma margem de lucro ainda mais vultosa. Os ricos precisam potencializar sua riqueza permanentemente. O que sobra é o medo, que os consome, o medo de que outro ganancioso lhes tome tudo. Pense sempre que no final estará a morte, e que naquele momento tereis que dar tudo que tiverdes nas mãos.

Deliratio quadrus.
“Completa ilusão”

A aura;

o círculo é uma forma mágica;
realizando uma atividade cerebral de alto nível intelectual, a aura forma uma coroa brilhante na cabeça;
com a morte, termina a possibilidade terrena de tomar decisões;
pedir sempre por uma boa condução da vida.

28.° Chamado

Muitas coisas em vossas vidas são redondas ou tem forma de círculo: o sol é redondo; a lua é redonda; a bolsa amniótica no ventre da mãe, o olho, a bola, isso tudo é redondo. Alguma coisa está chamando vossa atenção? O globo, a bolsa, o redondo – trata-se de uma forma mágica. Tudo que estiver envolto por algo circular encontra-se maravilhosamente protegido. Vossa aura, que não podeis enxergar, também forma um círculo ao redor de vós. A aura tem as cores de um arco-íris, ou seja, violeta, azul, verde, amarelo e laranja. Ela é mais bela que vosso corpo. E, quando realizais uma atividade intelectual, a aura configura-se, ao redor do vossa cabeça, como uma coroa em forma de raios. Isso é de uma beleza radiante. E nossa alegria é imensa quando esses raios aparecem em vossas cabeças. Porque então sabemos que vosso cérebro está trabalhando com os fortes impulsos que recebera. A aura se apaga com vossa morte. Em seguida, assume uma cor branco-azulada, que se afasta junto com vossa energia, na qual está concentrada. Ela tem a forma de vosso corpo – mas também não tem. Ainda sois reconhecíveis, porém já não em sua forma terrena, e sim ubiquamente; isso quer dizer: fora de todo alcance, de todo objetivo. Vossa forma de existência chegou ao fim. Subis para vosso juízo final. A vida será submetida a julgamento e, a partir desse momento, não tendes mais influência sob o passado. Enquanto estiverdes vivos, tendes influência sobre vossas decisões, vosso estilo de vida, vossa maneira de viver, vossas ações. Com a morte, encerra-se, termina a possibilidade terrena de tomar decisões. Agi de modo sensato! Após vossa morte, nenhuma categoria, nenhuma categorização será mais possível. Orai por uma boa condução da vida e deixai boas impressões para aqueles que vierem depois de vós! Após a morte, não haverá mais nenhum olhar para trás.

Tabula memoriae vibrantis.
“Lista das memórias cintilantes”

A inteligência;

as cinco regras da inteligência – para evitar infortúnios;
deixar a luz fluir para dentro dos corações;
a grande misericórdia de Deus.

29.° Chamado

Usa teu discernimento para te tornares mais inteligente! A inteligência presume calma, reflexão, prudência, cautela e amor ao próximo. Ainda assim, poderá vos acontecer algum infortúnio, mesmo se sempre seguirdes essas regras; infortúnios que vos fazem sofrer, que trazem grandes malefícios para vossas vidas. Há desgraças que não podeis evitar. Elas pertencem à vossa existência terrestre, assim como a vossa vida, cujo tempo é determinado. Mas podeis evitar infortúnios – e deveis evitá-los! –, pois vossa existência terrena está destinada a ser feliz. Alegramo-nos quando vossa alma transborda de felicidade, quando cantarolais uma música com vossos lábios e quando vossos olhos brilham felizes. O brilho vos embeleza. A beleza exala pelos poros de vossa pele, que começa a cheirar bem – o perfume e um bom aroma devem cingir-vos. O medo, o ódio, o desespero, a dor estão relacionados com o mau cheiro e a sujeira, a feiura e o escuro. Queremos que a luz flua para dentro de vossos corações, que a alegria vos invada. Do mesmo modo como as crianças encaram tudo sem nenhuma desconfiança, assim deve permanecer vosso coração. Deixai-vos invadir pela alegria! Sede bons e felizes juntos, alegrai-vos pela Terra, que é tão bela. Sede felizes com o verde da folhagem, com o azul do mar, o brilho vermelho do sol poente, o chilro polifônico dos inúmeros pássaros, que devem contribuir para vossa felicidade. Fazei vossa voz ressoar de modo que o eco da alegria reverbere, para que bilhões de vozes possam ouvi-lo e acompanhar a música da alegria. Bendizei ao Senhor, o Criador, vosso Deus, que tudo criou e que vos ajuda com grande misericórdia durante o tempo de vossa existência terrestre.

Gloria et hymnus.
“Glória e louvor”

O amor de Deus;

fazer brilhar a luz interna;
abolir o pensamento careta;
pensar de modo amplo, para além de todas as nações;
tempos grandiosos virão!

30.° Chamado

O amor de Deus está acima de vós. Como Seu poder é onipresente, Seu amor também o é. Vede, a luz está em tudo. A luz que está destinada à vossa visão; a luz que arde dentro de vós e que tantas vezes apagais. Acendei novamente essa – vossa – luz! Deixai-a arder para a altíssima glória de Deus! Erguei vossas vozes para a glória de Deus! Vós sois Seus filhos. E quais são os pais – qual a mãe, qual o pai – que não aceitam de volta um filho perdido, desamparado? Deixai-vos abraçar por Ele! Ele vos acolhe! Ele não vos rejeitará, se fizerdes brilhar de novo vossa luz interior. Grande é Sua misericórdia. Mas também O temei! Pois grande será o castigo, se vosso interior estiver escuro. Se não reconhecerdes Sua onipotência e se desprezardes as forças que vos deu; se não virdes Sua luz, embora brilhe em todo lugar; se cobrirdes vossos olhos e passardes como cegos por todas as ofertas. Melhor seria se tropeçásseis – para ver, pelo menos uma vez, aquilo que vos fez tropeçar e para olhar para dentro. Tudo deve ser amplo em vós. Guardai-vos de ser estreitos, fechados, retraídos e de deslocar-vos para uma prisão voluntária. Mesmo aqueles que se fecham em uma prisão podem ver sua luz interior e tornar-se amplos, generosos, espaçosos, horizontais e verticais. Nada pode impedir sua alma de expandir-se tetradimensionalmente. Pensai de modo amplo, para além de todas as nações! Aboli todo pensamento careta, olhai para além dos oceanos! Quando o barco à vela sumir no horizonte, quem vos impedirá de segui-lo em vossa fantasia e pensar sobre sua viagem em vossos pensamentos? Vossa visão deve ser ampla, para não terminar onde cessa a visão do olhar humano. Pensai para além de vossa categoria! Grandiosos são os tempos que virão. Eu vos saúdo!

Dominus Sanctus.
“Santo Senhor”

Posfácio

No mundo, acontecem coisas que não podem ser explicadas.
Seu surgimento é estranho; seu devir, curioso; seu sumiço, um mistério.

Posfácio

No mundo, acontecem coisas que não podem ser explicadas. Seu surgimento é estranho; seu devir, curioso; seu sumiço, um mistério.

A Palavra de Deus determinou pontos precisos no passado, que irão impor-se no presente e irradiarão força vital, também no futuro, com ajuda da inspiração divina.

Estas anotações são destinadas a todos os bem-intencionados, a todos os que estão dispostos a aceitá-las, compreendê-las e divulgá-las.

Aqueles que têm fé irão tomá-las na mão e apreendê-las. Aqueles que não têm fé nem irão percebê-las – passarão batido por elas.

Mas aqueles que têm fé e que são ajuizados irão entendê-las. Eles irão esforçar-se por transmiti-las aos outros!

Quarta capa

o retorno à nossa origem eterna e às raizes é o caminho que podemos seguir

texto de orelha

A miséria do ser humano e da humanidade não pode ser eliminada por obra do progresso político nem dos progressos sociais ou tecnológicos. Todos esses desenvolvimentos mostram, antes, a tendência de agravar os problemas. O homem, falível, não consegue salvar-se, por conta da própria falibilidade.

Apenas a atenção ao interior, a re-ligação, a re-vinculação com nossa origem eterna e nosso fundamento primário é o caminho viável para nós. Em 30 Chamados, Ilse Schwaiger recebeu as indicações para tal caminho. Porém, desde o começo, a autora “sabia” que esses Chamados se dirigiam também, mas não apenas, a ela. Desde o início, ela “sabia” que era sua missão divulgá-los e levá-los ao maior número de pessoas possível.

Este livro não é fast food esotérico. O leitor não deve apenas sentir e vivenciar em si mesmo a ressonância desses Chamados. Trata-se de um pedido de dar seguimento a esse impulso e ajudar a levar esses pensamentos para mais pessoas. Ao leitor aberto do Livro Brawal, Ilse Schwaiger deseja coragem e força e – o que é ainda mais importante – ela tem certeza de que o verdadeiro autor dos 30 Chamados estará ao lado daquele que procura.

Sobre o título do livro:

Quando criança, costumava chamar a mim mesma de Ilse Brawal.
Quando recebi os ditados que compõem este livro e a incumbência de chamá-lo de “O Livro”, lembrei daquele apelido do tempo da minha infância.
Meu marido encorajou-me a intitular esta obra de “O Livro Brawal”.

The Book Brawal

Schwaiger, Ilse
Das Buch Brawal/Ilse Schwaiger. – Münster: AT, 1996
(AT Edition)
ISBN 3-8258-3065-9

Tradução fornecida por Mag. Dr. Ruth Bohunovsky, Brasil

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